O Setembro Amarelo, campanha nacional de conscientização sobre a prevenção ao suicídio, ganha uma nova dimensão este ano após a trágica perda de um aluno de 14 anos do Colégio Bandeirantes, em São Paulo. O estudante, vítima de bullying e homofobia, tirou a própria vida, destacando a urgência de enfrentar esses problemas nas escolas.
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A psicóloga Beatriz Brandão afirma que esse caso sublinha a necessidade de políticas eficazes e contínuas contra o bullying. “As instituições precisam ir além de campanhas pontuais. É crucial criar um ambiente de respeito e empatia, promovendo um espaço seguro onde todos os alunos se sintam valorizados”, declara Beatriz.
Ela sugere a implementação de programas de educação socioemocional que envolvam toda a comunidade escolar e fomentem discussões sobre homofobia, discriminação e saúde mental. Além disso, a presença de suporte psicológico nas escolas é fundamental, com profissionais
capacitados para ajudar alunos em dificuldades emocionais.
Beatriz também destaca a importância do envolvimento dos pais, incentivando uma comunicação aberta para detectar sinais de sofrimento nos jovens. “Os pais devem estar atentos a mudanças de comportamento que possam indicar problemas como depressão ou ansiedade”, alerta.
Para prevenir tragédias, Beatriz propõe medidas práticas, como a criação de grupos de apoio, sessões de aconselhamento e treinamentos regulares para educadores, visando a identificação e manejo eficaz do bullying. “O combate ao bullying é uma responsabilidade compartilhada entre escola, família e sociedade”, reforça.
Dados do Ministério da Saúde revelam um aumento alarmante de 136% nas internações relacionadas a estresse e ansiedade entre adolescentes e jovens nos últimos dez anos. Esses números ressaltam a necessidade de uma mobilização coletiva para criar ambientes inclusivos
e acolhedores.
“O caso do Colégio Bandeirantes não pode ser ignorado. Servindo como um alerta, ele nos lembra da importância de ações concretas para proteger nossos jovens e garantir que eles nunca enfrentem sozinhos o sofrimento emocional e que esse Setembro Amarelo, seja um a oportunidade de unir forças para promover a conscientização, a empatia e a inclusão”, conclui.
Sobre Dra. Beatriz Brandão
Psicóloga Clínica – C R P: 0 6 / 1 2 5 9
Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP, com pós-graduação em Neuropsicologia. Especialista em Psicoterapia de Adultos e Casos, Psicofarmacologia, Psicodiagnóstico e Psicopatologia. Com 9 anos de atuação clínica e 11 anos de experiência em recursos humanos,
Beatriz é reconhecida por seu trabalho com transtornos de humor, ansiedade e personalidade, além de autoconhecimento. Desenvolvedora de programas de saúde mental corporativa e palestrante. Comunicadora digital na área de psicologia, é autora do livro independente “Quem Sou Eu”, focado em autoconhecimento, e do livro “Puxão de Orelha – Isso Não é Autoajuda”.
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