De acordo com a Sociedade Mundial de Proteção Animal, o “Abate Humanitário” pode ser definido como o conjunto de procedimentos que garantem o bem-estar dos animais na operação de sangria no matadouro-frigorífico. É uma maneira de tentar convencer os consumidores de carne que aquele alimento não resulta de nenhum processo cruel na hora do abate dos animais.

Não é nisso que o fotógrafo paulista Hugo Fernandes acredita, porém. Natural de Limeira, Hugo é o idealizador do projeto “Inversão Oculta”, uma série fotográfica que coloca humanos no lugar de animais, prestes a serem abatidos. A ideia é propor uma discussão sincera e crítica sobre a importância do veganismo em nossa sociedade. Para acompanhar novidades sobre o projeto, basta seguir a página oficial no Facebook aqui, nesse link.

As fotos foram tiradas em um matadouro abandonado de Limeira, com todo aquela clima macabro de cidade do interior, detalhe que dá um clima ainda mais chocante e assustador à série. Em uma das fotos, a angústia dos modelos fotográficos enfileirados em um corredor estreito, rumo ao abate, traz um questionamento interessante e que confronta a ideologia de um abate gentil com os animais: “Não existe abate humanitário quando o próximo a morrer é você”.

Um dado importante apontado por Hugo Fernandes está nas pequenas letrinhas do rodapé das fotos. Segundo ele, para produzir essa campanha foram gastos 300 dias de estudo, o equivalente a 4.717.440.000 animais abatidos pela indústria da pecuária no Brasil. A cada segundo, 182 animais são mortos para o consumo da carne.

Confira o trabalho completo abaixo:

Humanos em um matadouro abandonado


Créditos: Hugo Fernandes

 


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Série coloca pessoas em matadouro para criticar o consumo de carne

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