A primeira imagem que vem à mente quando falamos do nascimento de uma criança tem cheiro de hospital e cores frias: um bebê completamente limpo, esterilizado e envolto nas cobertas da maternidade, pronto para as fotos oficiais da família. O processo de um parto, seja ele cesárea ou natural, é menos técnico e perfeitamente estético do que isso, porém.

A fotógrafa Emma Jean Nolan resolveu retratar o momento do nascimento de uma criança de um jeito diferente, e talvez não muito “agradável” aos olhos de quem não fica à vontade perto de sangue e órgãos humanos. Parece assustador, mas é bem mais simples e natural na prática. Nolan aproveitou o parto para colocar a pequena bebê Harper (que pertence à cultura Maori, na Nova Zelândia) em uma cama, ainda com o cordão umbilical preso à placenta, de modo que as curvinhas do cordão formassem a palavra “Love”, que significa “Amor”, em inglês.

Você faria igual?

Nessa cultura, o povo Maori acredita que a placenta representa uma conexão especial com a natureza; por isso, esse órgão não é tido como algo asqueroso ou digno de descarte, depois do nascimento das crianças. A placenta de Harper, que saiu na fotografia, será enterrada sob uma árvore nativa em Tortora, cidade natal de Jolene Spies, mãe da criança.

“Eu quis mostrar para as pessoas como é um parto natural, já que muitas delas sequer viram um bebê ainda ligado à placenta. Esse não é um órgão muito respeitado ou admirado na cultura ocidental, e é frequentemente descartado, ignorado e considerado como algo nojento. Porém, sem a placenta, nenhum de nós estaria aqui”, defende a fotógrafa.


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Sem nojo: fotógrafa clica recém-nascido ainda com cordão umbilical e placenta