Fotógrafo registra ciclistas estilosos pelas ruas de NY
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Finalmente São Paulo está buscando alternativas para diversificar e facilitar a mobilidade de quem vive na cidade. A criação de quilômetros de ciclovias aumentou sensivelmente o número de ciclistas, ao mesmo tempo que vem causando polêmica entre motoristas, pedestres e moradores de bairros que receberam os trechos.
Aproveitando esta segunda-feira (22), Dia Mundial Sem Carro, o Virgula Lifestyle conversou com o Secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, que esclareceu dúvidas sobre regulamentação, sinalização especial para ciclistas e a criação de estacionamentos público subterrâneos. Veja abaixo!
Jilmar Tatto, Secretário Municipal de Transportes de São Paulo
Existe regulamentação para uso das ciclovias?
Ainda não. Não há nenhuma definição sobre os direitos e deveres dos ciclistas ou normas de segurança a serem seguidas. Por exemplo, ainda não é obrigatório o uso de equipamentos de segurança. Segundo Jilmar Tatto, a normatização não pode ser criada somente para São Paulo. Ela precisa ser nacional e estar no Código de Trânsito.
Atualmente há uma parceria entre a Secretaria Municipal de Transportes e a Secretaria de Segurança Urbana para que 1.854 guardas civis metropolitanos realizem a fiscalização desses espaços.
Haverá alguma campanha educativa para conscientização da população?
Jilmar Tatto afirmou que será feito um trabalho de educação no trânsito para resolver os possíveis impasses enquanto não ocorre a regulamentação oficial. “Vamos fazer uma campanha que dialogue com o motorista, pedestre e ciclista. Independente disso, o ciclista também deve respeitar as regras de trânsito”, acrescentou.
Os ciclistas poderão contar com algum tipo de sinalização específica?
A sinalização especial para os ciclistas existe apenas em alguns pontos de São Paulo. “Há semáforos específicos para eles (com ícones que simbolizam uma bicicleta)”, conta o secretário. Apesar disso, nos lugares em que os sinalizadores luminosos especiais ainda não existam, o ciclista deve guiar-se pelo semáforo comum de trânsito”, acrescenta.
Há casos em que a ciclovia impede acessos a pontos de ônibus e imóveis. Como isso será resolvido?
Jilmar Tatto explicou que “muitas partes das novas faixas ainda estão em fase de implantação e vêm sendo utilizadas por ciclistas mesmo antes de a sinalização ser concluída”. Ele destaca também que a CET só inaugura um trecho quando a sinalização está completa e que, após a sua demarcação, o acesso aos imóveis e aos pontos de ônibus serão revistos e preservados.
Como serão solucionadas as vagas dos estacionamentos públicos que foram removidas para a criação das ciclovias?
Segundo Tatto, a cidade precisa de estacionamentos públicos subterrâneos que, por meio de uma parceria público-privada, alguns deles já saíram do papel. “Como é o caso do que já existe em Pinheiros e em M’Boi Mirim, que são administrados pela CET e já estão em pleno funcionamento. O da praça Roosevelt, no centro, também está prestes a ser entregue”, contou o secretário. Além de atender aos carros, esses estacionamentos também serão úteis para os ciclistas colocarem suas bikes em paraciclos.
No começo de agosto a diretora de conteúdo aqui do Virgula e ciclista de carteirinha, Claudia Assef, foi dar um rolê para conferir como estão as ciclovias recém inauguradas. Veja no vídeo abaixo como foi a experiência!