(por Heloísa de Oliveira) – Este mês comemora-se o centenário da imigração japonesa no Brasil. Mais precisamente, no dia 18 de junho, quando em 1908, o navio Kasato Maru, primeira embarcação a trazer imigrantes japoneses, chegou ao Brasil. Aproveitando as comemorações, o Virgula preparou algumas matérias especiais para quem gosta da cultura japonesa e pretende ir para o país.

Se o seu objetivo é estudar no Japão, fique por dentro de como funciona o sistema de bolsas e quais são os requisitos básicos para entrar na disputa por uma vaga.

Bolsas das províncias: 42 províncias japonesas oferecem duas bolsas: o ryugaku, para estudar, e o kenshu, para estagiar. Para o kenshu, é preciso ter atuado na área em que pretende trabalhar e, para o ryugaku, ter terminado o 3º grau. O tipo de avaliação, os requisitos dos candidatos, o número de vagas, o limite de idade para se candidatar e os benefícios variam em cada província, e todas dão passagem aérea e moradia. É exigido um exame de língua japonesa.

Fundação Japão: Estas bolsas são voltadas a artistas, pesquisadores e professores que desenvolvam trabalhos ligados à língua ou cultura japonesa. A bolsa para professores fornece maior domínio sobre a língua, aumentando os conhecimentos relacionados à cultura. Já a bolsa para artistas e pesquisadores permite a produção de trabalhos e pesquisa de temas relacionados ao país.

JICA: Criada para beneficiar o desenvolvimento científico na América Latina, o JICA visa contribuir com o crescimento dos países por meio da transferência de tecnologia. Os requisitos exigidos são: bom preparo acadêmico e conhecimentos em inglês e/ou japonês – é necessário querer ser útil à sociedade após o retorno ao país de origem.

Latec: A Latec – Latin America Technical Exchange Center – oferece bolsas aos formados em engenharia, informática, arquitetura e administração. Além da formação, o interessado deve ter trabalhado na área e não pode ter mais de 30 anos. O bolsista recebe moradia, transporte, alimentação, material para o estágio e bolsa-auxílio. Conhecer o idioma japonês é bom, mas o inglês também é aceito.

Bolsas de pós-graduação são as mais desejadas

O Ministério japonês da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia oferece seis tipos de bolsas em universidades públicas. As bolsas de graduação e pós são as mais desejadas. Os que disputam as vagas de pós precisam contatar universidades japonesas para obtenção da Carta de Aceitação de um orientador. Com a bolsa, é possível realizar pesquisas e cursar mestrado e/ou doutorado. É imprescindível falar inglês.

Também são oferecidas bolsas para estudar nas escolas técnicas. É preciso ter mais de 18 anos, cursar 1 ano de japonês e prestar exame de admissão. Já para os cursos profissionalizantes, é preciso fazer um curso preparatório e aprender a língua por um ano. A bolsa para estes cursos proporciona o aprendizado de técnicas e conhecimentos necessários para a vida profissional.

Bolsas para pesquisas relacionadas à educação em universidades japonesas também estão à disposição dos brasileiros. O público alvo – professores, orientadores, assistentes educacionais e diretores do ensino fundamental e/ou médio – deve ter domínio da língua japonesa ou inglesa e 5 anos de experiência.

Visto

Os portadores dos vistos teijuusha, nihonjin no haiguushatoo e o permanente, podem desfrutar dos mesmos direitos que os japoneses. Quem não tem nenhum desses, deve solicitar o de estudante. Para obtê-lo, é preciso ser aprovado no exame de japonês em um dos dois níveis mais avançados. Outra opção é estudar a língua por pelo menos seis meses em uma escola de idiomas, antes de solicitar o visto.

Qual é o seu ritmo? Seja qual for, venha curti-lo de uma forma diferente!


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Saiba como funciona o sistema de bolsas no Japão

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