(Da redação) Por determinação do Ministério Público Federal, o governo do Rio Grande do Sul vai acabar com as escolas itinerantes localizadas em acampamentos de sem-terra. Deste modo, os convênios pelo qual as escolas operam desde 1996 serão interrompidos e os estudantes serão alocados em vagas de escolas públicas. O governo também pretende oferecer transporte gratuito para as crianças, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo.
A decisão foi tomada em novembro do ano passado, mas só agora é que os funcionários públicos começaram a visitar as 1.730 famílias espalhadas por nove acampamentos para avisá-las sobre as matrículas na rede pública. Segundo o MST, 640 crianças frequentariam as escolas itinerantes neste ano.
Pelo sistema em vigor desde 1996, a ONG Instituto Preservar, formada por educadores simpáticos ao MST, era responsável pela educação dos filhos dos sem-terra em acampamentos e até em seus deslocamentos, como marchas, ocupações e manifestações, recebendo repasses de R$ 16 mil mensais do governo estadual por essas atividades.
Os repasses foram suspensos em agosto do ano passado. A Secretaria da Educação alega que não pode pagar enquanto não receber relatórios adequados dos serviços prestados até dezembro. A coordenadora do Preservar, Janaína Stronzake, diz que o governo tem os dados, mas usa subterfúgios – como recusar uma citação abreviada – para retardar pagamentos.
O procurador Gilberto Thums disse ao jornal O Estado de São Paulo que o Ministério Público exigiu do governo que assuma sua responsabilidade de oferecer aos filhos dos sem-terra acesso à escola pública.
Para o MST, a mudança é parte de uma ofensiva contra o movimento. "É assim que a burguesia trata os trabalhadores, negando o direito à terra e à educação", disse Cedenir de Oliveira, coordenador estadual do MST.
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