(Da redação) – A revista New Yorker publicou uma polêmica capa que mostra o senador e candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, vestido como um muçulmano e sua mulher, como uma "terrorista".
A charge da revista mostra Obama com uma roupa tradicional muçulmana e um turbante, roupa parecida com outra já usada pelo senador em visita ao Quênia, em 2006. Na ilustração, a mulher do político, Michelle Obama, aparece saudando o senador com o punho fechado. Ela usa roupas camufladas e tem um rifle automático nas costas. Ao fundo, uma bandeira americana queima na lareira e um retrato de Osama Bin Laden está pendurado na parede.
A revista alega que o cartum tinha o objetivo de satirizar a maneira como os críticos de direita vêm tentando retratar Obama, além da tão usada política de medo que é usada em campanhas que tenham disseminar o boato de que o senador é muçulmano mesmo ele sendo cristão. "Sátira faz parte do que fazemos, e a intenção é dar luz a estes temas, colocar um espelho em frente ao preconceito, ao odioso, ao absurdo. E este é o espírito da capa", disse a revista em comunicado.
A New Yorker é uma das mais conceituadas publicações jornalísticas americanas e sua orientação política é predominantemente de centro-esquerda.
A campanha de Obama disse que, apesar de entender o tom crítico e satírico da capa, a publicação errou no tom. "Talvez a New Yorker tenha julgado, como um de seus funcionários nos explicou, que a capa deles seja uma sátira ao retrato ridículo que alguns críticos de direita tentaram criar para o senador Obama, mas a maior parte dos leitores irá julgar a capa de mau gosto e ofensiva. E nós concordamos", afirmou o porta-voz da campanha de Obama, Bill Burton à BBC.
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