(Da redação) Um levantamento do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês) revelou que o Brasil teve 21.850 casos de trabalho escravo entre 2003 e 2007. Do total, 2007 foi o ano em que mais ocorrências foram descobertas: 5.975. O estudo avaliou os dados fornecidos por 155 países e é considerado o primeiro levantamento global do fenômeno do tráfico de pessoas e das medidas que foram adotadas para combatê-lo.

Os 21.850 casos são apenas de brasileiros. Bolivianos, peruanos, paraguaios e equatorianos (que trabalham como escravos no país) não foram incluídos na pesquisa.

O estudo revela ainda que de 2004 até fevereiro de 2008, 41 pessoas foram condenadas por tráfico humano no Brasil. Destes, 18 foram mulheres. No mundo, a maior parte das condenadas são as mulheres que chegam a representar 60% dos casos.

"É realmente chocante o fato de mulheres vítimas de tráfico humano tornarem-se traficantes. Precisamos compreender as razões psicológicas, financeiras e coercivas que levam mulheres a recrutarem mulheres para este tipo de crime", afirmou o diretor da UNODC, o italiano Antonio Maria Costa.

Exploração sexual e trabalho infantil

A forma mais comum de tráfico de pessoas (79%) é a exploração sexual, seguido por trabalho forçado (18%). O estudo da ONU aponta que quase 20% das vítimas são crianças, mas, em regiões da África e do sudeste da Ásia, elas são a maioria.

"Nós temos uma fotografia ampliada, mas ainda lhe falta profundidade. Receamos que o problema esteja piorando, mas não podemos provar tal fato em virtude da escassez de informação; além disso, muitos países estão obstruindo (o processo de coleta de dados)", alertou Costa.

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Relatório da ONU aponta 22 mil casos de escravidão no Brasil

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