Atitude – Em que a Jornada Nacional pela Reforma Agrária deste ano se difere das anteriores?
Cláudia – Por atingir todo o país, nós buscamos conversar tanto com o governo estadual, quanto com o federal. Fizemos uma reunião em Brasília e falamos com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e com o Ministro da Fazenda, além do BNDES. O governo renegociou sua dívida com os latifundiários, de 70 bilhões de reais, enquanto destina apenas 10 bilhões para os pequenos e médios proprietários. É nítida a preferência pelo agronegócio, e não aceitamos isso.

Atitude – Qual foi o ponto mais positivo no 1° mandato de Lula para a reforma agrária?
Cláudia – Mudou pouca coisa. A concentração de terras continua aumentando e fica claro que a reforma não tem prioridade no governo.

Atitude – E quais são as principais metas do MST durante o 2° mandato?
Cláudia – Nós esperamos que se tenha respeito ao meio ambiente e às pessoas e que a produção de alimentos seja tratada com a devida importância. Queremos também que o índice de produtividade seja mudado, pois, com o avanço tecnológico e todas essas mudanças, o índice não condiz mais com a nossa realidade.

Para MST, ocupação é o único jeito de chamar atenção


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Relação do governo com agronegócio, incomoda MST

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