Fotógrafo italiano faz imagens sensuais de mulheres com obesidade mórbida
Créditos: Reprodução/Fernando Botero
A redução de apenas 25% do sedentarismo no mundo evitaria 1,3 milhões de mortes por ano, cerca de 679 mil somente nas Américas, afirmou nesta quinta-feira (11) o especialista Michael Pratt, dos Estados Unidos, no Simpósio Vida Ativa e Saudável da Série Científica Latino-Americana (SCL) que acontece na Argentina. O encontro analisa a relação entre as atividades físicas e a saúde através das exposições de cientistas, médicos, acadêmicos e esportistas de todo o mundo.
Durante o primeiro dia do encontro, os especialistas lembraram que a falta de atividade física é responsável por 3,2 milhões de mortes no mundo todo a cada ano, o que representa 5,5% do total. Precisamente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o sedentarismo como o quarto maior fator de risco de mortalidade mundial por doenças não transmissíveis depois da hipertensão, do tabagismo e da hiperglicemia.
Doenças crônicas
Michael Pratt, assessor principal de saúde global do Centro Nacional de Prevenção de Doenças Crônicas e Promoção da Saúde nos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês) dos Estados Unidos, chamou a atenção para a necessidade de se compreender a relação existente entre atividade física, vida saudável e redução do risco de doenças crônicas.
“A OMS recomenda que crianças e adolescentes façam pelo menos uma hora diária de atividade física moderada ou vigorosa”, lembrou, ao acrescentar que “infelizmente, cerca de um terço dos adultos e 80% dos adolescentes de todo o mundo” não praticam atividades físicas habitualmente.
“Na Argentina, cerca da metade dos adultos são sedentários e essa tendência parece estar aumentando”, denunciou Pratt, que também alertou sobre os “grandes custos econômicos” que isso implica para os países, por isso sugeriu a combinação de “estratégias clínicas e comunitárias” para estabelecer um “estilo de vida saudável”.
Sedentarismo e custo econômico
A especialista canadense Margo Mountjoy explicou que em seu país o custo econômico do sedentarismo é de aproximadamente US$ 150 milhões por ano e propôs “mudanças no comportamento” das crianças para formar uma geração mais ativa, com “rotinas saudáveis na infância que se estendam até a idade adulta”.
Margo citou os “deslocamentos motorizados, a exposição excessiva à televisão e aos videogames passivos” como fatores de risco que precisam ser erradicados para “melhorar a saúde e o rendimento físico e intelectual” das crianças.
Além disso, “um bom desenvolvimento físico ajuda a prevenir lesões na prática de esportes, pois melhora a flexibilidade e a resistência de ossos e músculos”, garantiu a especialista canadense, que pediu ações dos governos “para criar políticas públicas que contribuam para o aumento das atividades físicas”.