(Da redação) Com a redução do preço das commodities em função da crise econômica mundial, a reciclagem tem deixado de ser uma atividade rentável. Em São Paulo, os ganhos dos catadores caiu pela metade e as cooperativas têm trabalhado com volume reduzido de materiais.

O Projeto Vira Lata, a maior cooperativa de coleta de material reciclável em prédios paulistanos, tem trabalhado com apenas 50 dos cerca de 150 edifícios. Dos quatro caminhões da cooperativa, um está parado. Com isso, um dos edifícios que era atendido pelos coletores do projeto simplesmente deixou de separar o lixo e voltou a entregá-lo integralmente (e misturado) para os caminhões da prefeitura.

Na Associação de Catadores do Parque do Gato, trabalhavam aproximadamente 140 pessoas até novembro – atualmente, só há 60. "Eles ganhavam até R$ 800 por mês e hoje não tiram metade disso", disse o supervisor Jurandir Inácio ao jornal O Estado de São Paulo. Ele cita como exemplo da crise o preço do quilo de jornais e revistas, que custava R$ 0,22 em outubro e agora sai por R$ 0,02.

O catador José Horácio Sabino, de 50 anos, achou que estava sendo enganado quando a cooperativa começou a pagar menos pelo seu material, em outubro. Para equilibrar o orçamento, passou a trabalhar cada vez mais, enquanto via os preços dos produtos despencarem em um ritmo maior. "Já tive emprego, fui camelô… Agora não sei mais aonde ir", disse.

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Reciclagem: Crise prejudica cooperativas e catadores