Caso você já tenha ido ao exterior, deve saber qual é a sensação ao retornar. “As pessoas que fazem intercâmbio ficam viciadas em viagens”, garante Claudia Martins, coordenadora de Comunicação da STB (Students Travel Bureau). Segundo ela, os destinos mais procurados pelos estudantes são Canadá, Inglaterra, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e Espanha e a maior parte sempre viaja com o intuito de fazer algum curso de idioma.

No entanto, nem sempre foi assim. Claudia explica que no meio dos anos 90 as pessoas que pretendiam estudar alguma língua – por exemplo, o inglês – restringiam suas escolhas. “45% das compras de passagens eram direcionadas à Inglaterra e aos Estados Unidos, o resto se dividia pelos demais países.” Ela enxerga a democratização nos roteiros de viagem devido a dois motivos: “A troca de informação de quem vai para outro país e conta sua experiência por lá, e a queda do dólar”. A coordenadora salienta a afirmação colocando a exemplo o Canadá, que é um país financeiramente viável e que tem encantado os brasileiros.

Outro agravante para a redução de pessoas que visitavam a terra do Tio Sam foram os ataques terroristas em 11 de setembro de 2001. A coordenadora de comunicação da CI (Central de Intercâmbio) Fabiana Fernandes relembra as dificuldades: “Além dos ataques causarem medo, isso fez com que os consulados burocratizassem ainda mais a entrada de estrangeiros”.

Os intercambistas entre 18 e 25 anos não estão a procura somente de curtição. Os planos profissionais são a maior característica desses jovens, “e para muitos isto significa a conquista do primeiro emprego”, diz Claudia da STB. Programas de intercâmbio para brasileiros são disponibilizados por muitas empresas internacionais. Claudia diz que isso se deve a postura do brasileiro. “São pessoas alegres, empáticas, que têm jogo de cintura. Sempre bem dispostos e procuram atender com perfeição.”

Por essas características de bom funcionário, Fabiana relembra que muitos brasileiros conseguem emprego fixo no exterior e resolvem não retornar. “Quando a pessoa pretende trabalhar e morar no país após o período de contrato de intercâmbio, os trâmites do visto ficam entre o consulado e a empresa contratante.”

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"Quem faz intercâmbio fica viciado em viagens"

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