Para a doutora em Ciências Socias Andréa de Jesus Oliveira, que defendeu uma tese sobre a atividade no país, o lobby é indispensável para a comunicação de uma sociedade democrática. Em seu trabalho, a pesquisadora explica que a prática está presente no futebol, na saúde, economia, educação, mídia. Maciel garante que, apesar da ampla participação dos lobistas, o negócio não deve exceder certos limites (indeterminados). "Quem extrapolar, deve ser punido".

Mas o senhor conhece algum colega-senador que sofreu assédio dos lobistas? "Isso é comum na política. O Congresso é muito visado por esse tipo de pessoas". Mas e o senhor? Já sofreu alguma pressão política? "Não. É lógico que fui procurado. Mas tomo cuidado com isso", despista o ex-vice-presidente da República (1995-2002).

Segundo Maciel, o mercado de lobistas é, por enquanto, informal. "Já têm pessoas que atuam especificamente nessa área. Às vezes, algumas delas me desejam sucesso e torcem para que a matéria seja votada", conta. O fato de a Câmara barrar o projeto é uma espécie de lobby dos deputados que não vão muito com a sua cara, senador? "[risos]. É um bom trocadilho [risos]", diverte-se o senador segundos antes de embarcar no avião com destino a São Paulo.


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"É lógico que já fui procurado"

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