O caso de agressão do qual a apresentadora Ana Hickmann foi vítima acontece ainda, infelizmente, com frequência no Brasil. Os desdobramentos para quem agride nem sempre são como esperado, mas as vítimas podem ter consequências para a vida inteira.
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O Virgula conversou nesta terça-feira com o renomado psicólogo Alexander Bez, especialista em relacionamentos pela Universidade de Miami, nos Estados Unidos, que contou mais sobre como fica a relação depois de casos de agressões, como o de Ana.
“As consequências de casos de violência doméstica são sempre extremamente negativas, fisicamente e mentalmente. Uma das coisas que ocorre também é a quebra de confiança, é como se rasgassem os votos matrimoniais e aquilo que começou como um sonho, se transforma em um pesadelo”, começa Alexander.
“Psicologicamente falando, a partir do momento em que há uma lesão, a reconciliação nunca mais será a mesma, principalmente porque o elemento da ‘vigília emocional’ será constante, como poder confiar na pessoa que te agrediu?! Não há como. Não importa qual tenha sido o motivo da briga, quando uma agressão doméstica se encontra em erupção, a única certeza é que haverá uma tendência à repetição. Faz parte da personalidade do agressor. Na minha opinião, perdoar não é uma opção de escolha, pois pode até ser fatal no futuro”, declara.
Alexander enumera algumas dicas que podem ajudar no processo de recuperação emocional, mas alerta que é necessário sempre gostar mais de si e refletir sobre o que é melhor.
“Algumas dicas para as vítimas são: denunciar (assim como nesse caso), se afastar, não ter pena do agressor, compreender que ele já era assim (mesmo não tendo episódios anteriores), e se cuidar psicologicamente, através de terapias de apoio e de elevação da autoestima. Ter apoio de pessoas próximas também se torna muito importante!”, completa.
Alexander Bez – Psicólogo; Especialista em Relacionamentos pela Universidade de Miami (UM); Especialista em Ansiedade e Síndrome do Pânico pela Universidade da Califórnia (UCLA); Especialista em Saúde Mental. Atua na profissão há mais de 27 anos.
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