“Eu não sou boa mãe. Realmente não sou. Vez ou outra eu perco as estribeiras, digo algo totalmente descabido ou mando todo mundo sair da cozinha imediatamente, porque eu preciso de cinco minutos sozinha. Filho, eu não sou a melhor mãe do mundo. Vamos ser sinceros? É provável que ninguém seja. Eu não sou a melhor mãe do mundo, mas eu te amo sem limites. Eu te amo integralmente, sem que você precise me agradecer ou me provar qualquer coisa”, publicou.
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Diante da postagem, a artista recebeu muitas críticas, enquanto outras mulheres a apoiaram. “Não há problemas algum, nem físico e muito menos mental, em não se sentir boa mãe. Muitas mulheres apenas se cobram muito e diversas vezes se consideram fracas e impotentes. Essas mães exigem o extremo da perfeição e sabem que se frustram em tentar ser perfeitas. E, cá pra nós, não existe a mãe perfeita”, explica a psicóloga Deise Moraes Saluti.
Joana Prado Belfort, a eterna “Feiticeira”, também postou que a maternidade é muito boa, mas que se sente cansada, sobrecarregada, frustrada e desmotivada. Para Deise, ela e Isis são apenas mulheres que realmente têm coragem em dizer o que, de fato, acontece.
“Todos sabemos que a maternidade tem seus encantos e seus desencantos. Nem tudo são flores, mas também não necessariamente são só espinhos. Há quem goste de crianças, de brincadeiras com crianças, de ambiente com crianças, de comprar roupinhas, de cuidar, de saber que é responsável pela educação de alguém etc., enquanto outras não, e está tudo bem”, pontua.
Assim como mães que revelam seus sentimentos diante da maternidade, há as que optam por não terem filhos. E o grande problema desse contexto são as opiniões e críticas da sociedade.
“Se todos nós parássemos de olhar o outro com nossa régua e nossa opinião, viveríamos em um mundo muito mais acolhedor. Todo mundo deseja ser respeitado, mas muitos possuem dificuldade em respeitar. Muitas mulheres que não optam pela maternidade sofrem julgamentos e preconceitos de todas as partes. Isso precisa acabar. Precisamos respeitar o indivíduo dentro de sua totalidade e com suas questões. Incluir o direito do outro como dever de qualquer pessoa é extremamente transformador. Menos julgamentos e mais acolhimento”, enfatiza.
Ou seja, o Mommy Burnout (síndrome do esgotamento na maternidade) existe e é preciso respeitar que a mulher está passando por transformações em sua vida, além de ser um momento difícil por si só, ela está lidando com alterações hormonais, fisiológicas corporais e cerebrais.
“A maternidade não é mais sinônimo de fertilidade, fértil é quem tem vigor pela vida, alegria de viver e ser feliz”, finaliza a psicóloga.
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