(Da redação) Quase um quarto das instituições que oferecem vagas no ProUni (Programa Universidade para Todos) são de baixa qualidade. De acordo com o Índice Geral de Cursos (ICG) publicado em setembro de 2008, das 991 faculdades no programa, 227 obtiveram índice 1 ou 2. Isso significa que 22,9% das instituições são de baixa ou baixíssima qualidade. Os conceitos do IGC variam de 1 a 5.
Os conceitos baixos se concentram nas instituições classificadas como faculdades isoladas – aquelas que têm poucos cursos e geralmente em áreas semelhantes. Dessas, são 208 faculdades com índice 2 e duas com IGC 1. Elas representam 24,6% das 853 faculdades e institutos que estão hoje no ProUni. Mas, se forem retiradas da conta as 332 instituições que ainda não têm avaliações suficientes para fazerem parte do IGC, esse índice sobe para 40%. Entre os centros universitários, 11 estão com índice 2. Nas universidades, apenas seis.
Criado em 2004, o ProUni prevê que as instituições, para cumprirem a legislação e manterem seus certificados de filantropia e isenção fiscal, precisam dar bolsas de estudos integrais a alunos de baixa renda. Há também instituições que oferecem bolsas (integrais e parciais) e obtêm renúncia fiscal. O total das isenções alcança atualmente algo em torno de R$ 150 milhões ao ano.
O ProUni prevê que um curso com duas avaliações ruins consecutivas seja retirado do programa. A avaliação é feita com base no Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes). Cada avaliação demora cerca de três anos para ser realizada.
(com informações do Estadão)
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