Confira a entrevista na íntegra:

Virgula – Com esta descoberta, quais previsões podem ser feitas para o país?

Dimas Brito – A notícia é referente ao campo gigante de petróleo de Tupi, na Bacia de Santos, é auspiciosa, não só pelo que ele representa em si (enorme volume de petróleo e de boa qualidade, conforme anunciado), mas também pelo fato de que, hipoteticamente, esta descoberta pode ser a ponta de um “iceberg negro”. Outros campos poderão descobertos, visto que rochas da mesma natureza daquelas portadoras de hidrocarbonetos no Campo de Tupi, situados sob águas ultra-profundas e abaixo da camada de sal, se espalham por uma área considerável na margem continental sul e sudeste do Brasil.

A política governamental, os altos investimentos que serão feitos nos próximos anos e a competência dos geólogos, geofísicos, engenheiros, é que definirão, de fato, o cenário petrolífero para o Brasil nas próximas décadas.

V – A descoberta pode alterar a relação do Brasil com outros países? A
relação Brasil-Bolívia pode se alterar?

DB – Descobertas de tal porte fortalecem um país. Confirmados e ampliados os novos achados, o Brasil passará a ter um maior peso na geopolítica mundial. Quanto à relação com a Bolívia, penso que o país vizinho não é um problema e sim uma solução, sobretudo no curto prazo. AS descobertas de gás que vêm sendo feias na bacia de Santos darão ao país, no médio prazo, soluções duradouras e auto-sustentáveis.

Continua:
“Exportar pode ser péssimo negócio para a sociedade brasileira”, diz o geólogo.


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Professor crê que nova jazida é iceberg negro

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