
Por que tantos casais se desencontram no amor? Especialista explica (Foto: Freepik)
Em junho, com o Dia dos Namorados, o amor entra em pauta nos mais diversos espaços das vitrines comerciais às conversas mais íntimas sobre afeto, convivência e parceria. Mas, mais do que presentes e declarações, o que sustenta um relacionamento saudável? Para a terapeuta e escritora Lari Pedrosa, a resposta está em reconhecer as diferenças sem abrir mão da dignidade e do respeito mútuo.
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“Essa conversa não é sobre sermos melhores ou piores do que os homens. É sobre reconhecermos a igualdade na dignidade e, ao mesmo tempo, respeitarmos as nossas diferenças”, afirma a autora do livro best-seller “Uma Nova Mulher – Curando a Conexão Mãe e Filha”. Segundo ela, homens e mulheres são diferentes emocional, biológica e historicamente. “Mas isso não significa que somos menores ou maiores que eles, apenas diferentes. E isso é muito valioso”.
Lari destaca que, muitas vezes, os conflitos nos relacionamentos estão enraizados em feridas emocionais que antecedem o casal. “Na relação com o homem, é muito importante lembrar que ele também carrega sua própria história. Assim como muitas de nós, ele pode ter feridas abertas com a mãe, desafios não resolvidos com o pai e dores herdadas do passado”.
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Essas marcas podem se manifestar de forma sutil, confundindo o parceiro ou a parceira. “Às vezes, o que parece ‘birra’ ou uma certa imaturidade emocional por parte deles é apenas a dor dele tentando se expressar, mesmo que de forma confusa, desajeitada ou desconectada”.
Diante disso, a terapeuta aconselha uma postura firme, mas amorosa. “Quando você permanece no lugar de esposa, parceira e adulta, você respeita a ordem saudável da relação e não tenta curar o que não é seu, nem se responsabiliza por algo que não começou com você. E isso permite que as trocas entre vocês fiquem cada vez mais equilibradas”.
O alerta vem para as armadilhas emocionais que podem surgir quando uma mulher tenta ocupar o lugar de “mãe” do parceiro. “É muito provável que surjam sentimentos como irritação, tristeza, cansaço, preocupação e até desânimo com o casamento. Porque você não se casou com uma criança, mas sim, escolheu um homem. Certo?”.
Lari também sugere uma reflexão mais profunda para quem sente o impulso constante de “ensinar” ou “salvar” o parceiro. “Pode ser que, no fundo, ainda esteja tentando corrigir algo que não deu certo com o seu próprio pai. Esse impulso de querer transformar o parceiro pode estar ligado à dor daquela menininha que não conseguiu mudar o pai para que ele a visse, a escutasse, a amasse ou ficasse”.
Com empatia e lucidez, a especialista recomenda uma atitude madura e consciente: “Quando o seu parceiro estiver agindo de forma imatura, em vez de entrar na ‘cena’ e se contaminar com essa dinâmica, siga a sua vida com leveza. Não é frieza, é saúde emocional”.
Em tempos em que o amor romântico ainda carrega tantos mitos e idealizações, Lari Pedrosa convida à responsabilidade emocional e à autonomia afetiva. “Você pode estar presente, amorosa e adulta, sem tomar para si o que não lhe cabe. E se perceber que tem algo dentro de você que ainda quer ‘salvar’ ou ‘consertar’, acolha essa parte com carinho. Ela provavelmente está te mostrando um lugar que ainda precisa de cura dentro da sua própria história”.
Neste Dia dos Namorados, talvez o maior gesto de amor seja esse: cuidar de si, para então amar o outro de forma inteira, consciente e livre.
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