Projeto Queer Kids retrata jovens LGBT
Créditos: Reprodução/Michael Sharkey
Mesmo com tudo de retrógado que está acontecendo no Rio Grande do Sul nas últimas semanas, uma coisa parece que atravessou a linha rumo a evolução. É que, pela primeira vez, um bebê terá registrado na certidão de nascimento o nome de duas mães e um pai. A decisão inédita foi do juiz diretor do Fórum de Santa Maria, Rafael Pagnon Cunha.
Entenda o caso
Fernanda Batagli, que vive uma relação homoafetiva com Mariani Guedes há quatro anos, deu à luz a pequena Maria Antônia nasceu no dia 27 de agosto. Como era comum o desejo de serem mães, as duas contaram com a ajuda do amigo Luiz Guilherme Canfield para ser o pai biológico. A única exigência que ele fez é queria ser registrado como tal.
Além disso, Maria Antônia terá ainda os nomes de todos os avós em seu primeiro documento oficial. A decisão por uma certidão multiparental veio da ideia de contemplar toda a “rede de afetos” da menina, como classificou o juiz.
Na visão do magistrado, o que a família quer é “admiravelmente assegurar à sua filha uma rede de afetos. E ao Judiciário, Guardador das Promessas do Constituinte de uma sociedade fraterna, igualitária, afetiva, nada mais resta que dar guarida à pretensão – por maior desacomodação que o novo e o diferente despertem”, declarou.