O desaparecimento de Madeleine McCann completou 13 anos em 2020 e, nesta quarta-feira (3), a polícia alemã divulgou novas informações sobre o caso. As autoridades revelaram que um agressor sexual alemão está sendo investigado por suspeita de assassinato da menina.
O homem de 43 anos não teve a identidade revelada. Christian Hoppe, investigador da Polícia Federal de Investigação Criminal da Alemanha, relatou em um programa de televisão que o suspeito já possui registro por abuso sexual infantil e atualmente cumpre pena por crime sexual e porte de drogas.
De acordo com informações do The New York Times, o homem morou em Portugal de 1995 a 2007, ano em que Madeleine desapareceu. Ela foi vista pela última vez no dia 3 de Maio de 2007, no quarto do hotel localizado em Praia da Luz, onde passava as férias com a família. Na noite do crime, os pais foram jantar com amigos, deixando Madeleine e seus dois irmãos sozinhos, dormindo no quarto. Ao retornarem, perceberam que a mais velha havia desaparecido.
O caso ganhou grande repercussão internacional e diversas linhas de investigação. Seus pais, Kate e Gerry McCann levam o nome da filha adiante como vítima de um desaparecimento. Porém, a polícia alemã frustrou esta possibilidade.
Hoppe afirmou que uma evidência os leva a acreditar “que Madeleine foi vítima de um homicídio”.
Em um comunicado emitido nesta quarta-feira (3), a polícia alemã divulgou uma recompensa de 10 mil euros para quem tiver informações ou pistas que levem às resolução do caso.
Eles informaram que o suspeito morou em Algarve e por anos ficou em uma casa entre Lagos e Praia da Luz. Durante sua estadia, procurou por empregos na área de Lagos e acabou cometendo roubos em complexos de hotéis e apartamentos de férias, além de tráfico de drogas. “Além do mais, o suspeito foi sentenciado à prisão em inúmeras ocasiões por abuso sexual infantil. Muitos de seus contatos podem não saber disso.”
Autoridades da Alemanha, Inglaterra e Portugal têm trabalhado há anos no caso, mas ainda sem pistas conclusivas.
O homem alemão entrou na lista de suspeitos em 2007, mas na época não havia informações suficientes para abrir uma investigação sobre ele, disse Hoppe.
A situação mudou após o 10º aniversário do desaparecimento, relatou o The New York Times. O inspetor da Polícia Metropolitana de Londres, Mark Cranwell, quem lidera as investigações do caso no Reino Unido, recebeu mais informações sobre o suspeito alemão.
Ao irem atrás destas pistas, policiais alemães conseguiram juntar evidências suficientes para que promotores públicos da cidade de Braunschweig pudessem iniciar uma investigação preliminar.
Na noite do crime, foi constatado que o suspeito teve uma longa ligação perto da área da Praia da Luz. A polícia pediu para que a pessoa que conversou com ele se apresente como testemunha. E que qualquer um que tenha visto na época um Jaguar XJR 6 ou um Volkswagen T3 Westfalia amarelo entre em contato.