O que chama mais atenção é que na hora da mudança, a ideologia dos partidos fica de lado. Segundo Couto, estudos mostram que, na verdade, a questão ideológica não fica tão em segundo plano como se pensa. “Quem é de esquerda geralmente vai pra partido de esquerda e quem é de direita vai para um de direita”, comenta.

Fora a questão ideológica, o fato de o partido de destino ser ou não aliado do governo, interessa e muito aos deputados. Prova disso é que, PR e PMDB, bases do governo, foram os que mais receberam novos parlamentares, entre os 46 que trocaram de legenda em 2007: 16 e 9, respectivamente. Detalhe: a maioria veio da oposição.

Para o professor, a possibilidade do STF acatar a mesma decisão do TSE, de dar o mandato aos partidos, é grande vai gerar outra polêmica: a regra passa a valer para quem mudou esse ano, até este ano ou só a partir do ano que vem? Essa pergunta, só o Supremo pode responder.

O último a protagonizar o troca-troca foi Clodovil Hernandes. O deputado deixou o PRC, partido cristão, para entrar no PR. O motivo alegado por Clodovil não foi político. Segundo sua assessoria, o deputado ficou decepcionado com a falta de solidariedade do PRC durante o período em que ficou afastado.

Continua: Veja quem trocou de partido em 2007


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Partidos aliados lucraram; Clodovil também trocou