Dezenas de milhares de pessoas se reuniram neste domingo (4) nas ruas da capital paulista durante a 18ª edição da Parada do Orgulho Gay para reivindicar a “criminalização” da homofobia e ressaltar os direitos dos transexuais.
Assim como nas edições anteriores, o ambiente de festa voltou a tomar conta da Avenida Paulista, onde os ativistas e simpatizantes se reuniram com fantasias, bandeiras multicoloridas e cartazes que, em sua maioria, reivindicavam a igualdade de direitos dos homossexuais.
A iminente chegada da Copa do Mundo, que começa no próximo mês de junho, também se mostrou presente, já que muitos dos presentes optaram por incluir a bola e as cores da bandeira do Brasil em seus figurinos.
Neste aspecto, a política também não poderia ficar de fora, já que, em ano de eleições presidenciais, muitos dos presentes resolveram marcar presença caracterizados de Dilma Rousseff.
Com 14 trios elétricos, todos equipados com poderosos sistemas de som, percorreram ao ritmo de música eletrônica algumas das principais ruas do centro de São Paulo, que teve que antecipar essa edição da parada devido à realização da Copa.
“Mudamos a data pensando no bem-estar de quem vem ao desfile. Tive informação que 40% da rede hoteleira estava reservada para o Mundial, sendo que só o desfile ocupa 100%”, explicou um dos organizadores do desfile, Fernando Quaresma.
Considerada como mais dos mais populosos desfiles gay do mundo, a conhecida “Parada Gay” de São Paulo contou com um público bastante inferior ao das edições anteriores, embora os organizadores esperassem a presença de mais de 3 milhões de pessoas.
A primeira Parada do Orgulho Gay no país aconteceu em 1995, quando cerca de 3 mil pessoas se reuniram na praia de Copacabana durante o encerramento da 17ª da Conferência Internacional LGBT, realizada no Rio de Janeiro. A partir daí, inúmeras cidades passaram a sediar eventos similares.
Segundo relatório divulgado no início deste ano pelo coletivo Grupo Gay da Bahia, 312 homossexuais foram assassinados no Brasil durante 2013, o que representa uma média de uma morte a cada 28 horas.
Através de uma mensagem no Twitter, Dilma lembrou hoje que as pessoas podem denunciar casos de violência homofóbica através do “#Disque100”.