A constante pressão feita pelo MST parece ter surtido efeito: segundo a entidade, 580 mil famílias já foram assentadas. Nenhuma fazenda foi desapropriada por iniciativa do governo, só depois que o movimento agiu. Isso mostra que nossa tática é correta e que estamos no caminho certo, comemora.
Stédile acredita que a solução para o Brasil é uma revolução social e cultural. Não é o governo que vai resolver o problema, é o povo. Se não houver a participação das massas na política, a tendência é que os governos se repitam ou piorem. Para ele, o MST é um desdobramento de movimentos políticos do passado já fomos Canudos, Contestado, os quilombos e as ligas camponeses e peça fundamental nesse processo de mudança.
Mesmo defendendo participação direta na política, o líder do movimento afirmou que fazer política é diferente de fazer eleições e criar partidos. Política é quando as pessoas se mobilizam para resolver um problema. Criar partido não é o caminho. Por favor, não queiram nos prostituir, declarou.
Ao final do debate, Stédile clamou a sociedade para se mobilizar e lutar por mudanças no país. Só é preciso tomar cuidado para não escolher o lado errado, o dos fascistas. E deu uma ótima solução para combater a epidemia de dengue no Rio de Janeiro: É só colocar uns bons bolcheviques para resolver a situação. Eles não iriam se render como essas vítimas do neoliberalismo.