O fato de que há uma diferença entre os salários dos homens e das mulheres, que exercem a mesma função, não é mais novidade.
De acordo com uma pesquisa do Instituto Demos, focado na desigualdade de renda, nos Estados Unidos, vendedoras de lojas ganham em média R$ 23,64 por hora, enquanto os colegas homens recebem cerca de R$ 32,65, ou seja, essas funcionárias precisam trabalhar, em média, 103 dias a mais por ano para ganhar o mesmo que eles, mesmo que os dois desempenhem a mesma função na empresa. Embora em outras áreas a média de dias a mais que elas precisam trabalhar para equilibrar os ganhos seja menor, os números ainda são alarmantes.
Para Amy Traub, analista sênior de políticas e autor do estudo, esses dados são impressionantes, pois se trata da ocupação mais comum no país e, por isso, não é uma função que esteja acabando ou perto de acabar.
A diretora do Institute for Women’s Policy Research (Instituto de Pesquisa de Políticas da Mulher, em tradução livre), Ariane Hegewisch acredita que a disparidade se deve ao fato de que cada sexo é comumente vinculado a algumas áreas; deste modo, enquanto mulheres costumam trabalhar em lojas de roupas, homens costumam trabalhar com vendas de eletrodomésticos e carros, por exemplo.
“Se você vende uma TV, você tem uma comissão muito maior do que se vender uma camiseta”, justifica Hegewisch em entrevista ao Huffington Post.
E apesar dos salários mais baixos, a carga de trabalho da maioria das mulheres são maiores do que 40 horas semanais, período que é considerado o ideal para qualquer pessoa.