“Não houve preparação. Ao contrário, aumentaram os gastos e a arrecadação. São 34 ministérios e ainda querem criar mais. Cogitaram até em separar a Secretaria da Pesca em água doce e água salgada. Nos países desenvolvidos, o número de ministérios não passa de uma dúzia”, diz.

Agora, com o fim da CPMF, são 40 bilhões que ficam no bolso dos contribuintes. De acordo com Jordão, estima-se que, pela incidência em cascata, a CPMF representava 2% do preço do produto final. “A CPMF era um imposto bastante singular. Por incidir na movimentação financeira, acabava incidindo sobre todos os setores da economia, inclusive nos informais”.

Outro assunto que entrou em discussão nesta semana foi a prorrogação da DRU (Desvinculação das Receitas da União). Nesta quinta-feira, o Senado aprovou, em primeiro turno, sua prorrogação até 2011. Agora ela precisará ser aprovada em segundo turno para entrar em vigor. Se tudo der certo, o governo poderá gastar livremente 20% da arrecadação federal.

“A DRU dá liberdade a 20% das verbas cuja arrecadação é vinculada à saúde e à educação. Sem a CPMF e a DRU, o governo terá que contratar um malabarista para equilibrar o orçamento de 2008. O cobertor vai ficar muito curto em alguns setores e longo em outros”, explica Jordão.

E conclui, com pessimismo: “Esse é o governo do PT. Uma verdadeira indolência. Zero de planejamento e gestão. Ano que vem a gestão pública será caótica”.

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Para economista, governo tem "zero de gestão"

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