O programador americano Ryan Green escolheu uma forma diferente (e bem emocionante) de homenagear o filho Joel, que faleceu aos quatro anos, vítima de um câncer terminal com o qual convivia desde que tinha um ano. Como ele fez isso? Desenvolvendo o jogo de videogame That Dragon, Cancer (“Este Dragão, Câncer”).
O jogo, que deverá ser lançado no próximo semestre, mostra o seu dia a dia e de sua família na convivência e cuidados de uma criança que, mais cedo ou mais tarde, irá morrer. Diferente dos outros jogos do tipo, nesse jogo não há um objetivo a ser alcançado, não existe a possibilidade de Joel sobreviver. É uma forma de fazer com que as pessoas lidem melhor com a morte.
Ryan contou em entrevista para a NBC News que estava com medo de esquecer o filho e que essa foi a principal razão para criar o jogo, que foi desenvolvido com mais cinco colegas de trabalho. Essa foi a forma que a família Green (tanto os pais quanto os irmãos do pequeno Joel) encontraram para se livrar da dor que sentiam com a sua morte.
Para evitar mostrar de forma muito explícita o sofrimento da criança, eles optaram por fazer com que as personagens aparecessem sem rosto (apesar de ainda demostrarem emoção) e por eliminar o som do choro de Joel, puxando apenas a sua risada real, que tinha sido documentada em vídeos. No final do jogo, os jogadores são convidados a deixar o menino partir, enquanto a família fica em uma ilha.
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