(Da Redação) O futuro da Amazônia já é pauta internacional, dizem ambientalistas entrevistados pela BBC Brasil.Alguns dos motivos dessa internacionalização são questões referentes ao aquecimento global e a atuação de multinacionais na região.
"O Brasil se incomoda porque sabe que não tem soberania plena. Sabe que se quiser desmatar tudo, vai ter problemas (com a comunidade internacional)", afirma o pesquisador Paulo Barreto, do Imazon.
Além disso, diz Barreto, o governo brasileiro tem interesse em mostrar ao mundo que tem total condição de fazer uma boa gestão da Amazônia para conseguir se manter participativo no mercado internacional. "O Brasil quer se colocar como um ator importante em relação a temas internacionais e a Amazônia é uma questão crítica para o país ter esse posicionamento estratégico. A gente tem que demonstrar que cuida da Amazônia".
Paulo Adário, do Greenpeace, argumenta que a economia da Amazônia está globalizada, pois os principais produtos da região são commodities no mercado internacional.
Barreto, do Imazon, diz que essa internacionalização não significa que uma ocupação física esteja próxima. "Não vejo nenhum plano de ocupar a Amazônia, pelo menos não no curto e médio prazo. Mas se o Brasil não cuidar, com uma política clara, imagino que possa haver no longo prazo.
A lei atual não permite que terras brasileiras sejam exploradas ou ocupadas por estrangeiros na faixa de 150 km de largura da fronteira, paralela à linha divisória do território nacional. Uma empresa de outro país com sede no Brasil e com circulação de capital estrangeiro, porém, não está sujeita a essas restrições desde que 51% do capital pertença a brasileiros como no polêmico caso da compra da Varig e Varig Log.
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