No início da semana, a All Out, uma organização
internacional de direitos civis, criticou a aprovação do decreto legislativo
que aprova o tratamento psicológico para alterar a orientação sexual de
homossexuais no Brasil, uma bandeira do deputado federal e pastor Marco
Feliciano, do Partido Social Cristão (PSC).

Antes de seguir para o plenário, a proposta, que já foi
aprovada por votação simbólica na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da
Câmara, ainda precisa da aprovação da Constituição e Justiça e da Seguridade
Social.

O diretor executivo da organização All Out, Andre Banks, que
faz campanha pela igualdade de direitos para homossexuais, declarou, de acordo
com a BBC Brasil, que associações médicas como a Organização Mundial da Saúde
(OMS) concordam que a chamada “cura gay” é perigosa.

“Infelizmente, políticos como Marco Feliciano e João Campos
querem fazer retroceder o progresso no Brasil, mesmo que isso custe a segurança
e a dignidade de milhares de brasileiros”, afirmou Banks.

O texto aprovado simbolicamente pela Comissão de Direitos
Humanos suspende dois artigos da resolução 1/99 do conselho: um deles diz que
os psicólogos não podem colaborar com serviços que proponham tratamento e a
cura da homossexualidade; outro proíbe psicólogos de falar publicamente que a
homossexualidade é uma desordem psíquica.

Desde que assumiu a presidência da comissão, em março, o
pastor evangélico Marco Feliciano vem sendo acusado de racismo e homofobia. Entre seus projetos estão propostas que tentam suspender decisões do STF
relacionadas ao aborto de anencéfalos e à união civil de pessoas do mesmo sexo.


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ONG critica aprovação de projeto que permite “cura gay” no Brasil