(Da redação) A crise financeira internacional deverá aumentar para 8,3% a taxa de desemprego na América Latina e Caribe em 2009. Segundo estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), podem ser fechadas entre 1,5 milhão e 2,4 milhões de postos de trabalhos. Mundialmente, as projeções são ainda mais estarrecedoras: mais de 50 milhões de pessoas poderão ficar desempregadas.
A expectativa é que 2009 produza um aumento do desemprego para uma taxa semelhante à registrada em 2007 (8,3%) na América Latina e Caribe. No ano passado, a taxa ficou em 7,5%, completando um ciclo de cinco anos de redução. No mundo, o desemprego deve ficar entre 6,1% e 7,1% motivados pelo corte de 18 milhões de postos de trabalho (em projeções otimistas) ou até os 50 milhões (projeção pessimista).
No cenário global, a OIT estima que até 200 milhões de trabalhadores podem ser levados à pobreza extrema com a redução do poder de compra, motivado principalmente pelos cortes salariais.
Além da expectativa de aumento no desemprego, o crescimento salarial também é tímido. O aumento das remunerações foi, em média, de 3,2% na América Latina e Caribe em 2008. Em 2007, essa média era de 3,7%. No Brasil, o reajuste médio das remunerações em 2008 foi de 1,6%.
De acordo com Laís Abramo (foto), diretora do escritório da OIT no Brasil, a média da região é elevada porque, na Argentina, os salários na iniciativa privada tiveram reajustes muito elevados, em torno de 8,4%. Se os dados argentinos forem excluídos do relatório, o reajuste médio dos salários na região fica em 0,6%.
"A mensagem da OIT é realista, não alarmista", afirmou o diretor-geral da OIT, Juan Somavia. "Nós estamos enfrentando uma crise global de emprego. Muitos governos estão conscientes e ativos, mas uma ação internacional mais decisiva é coordenada é necessária para evitar uma recessão social global", apontou.
(com informações do G1)
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