Os números de sobrepeso e obesidade aumentaram nos Estados Unidos entre todas as etnias e grupos raciais, mas o impacto é maior entre adultos latinos e negros, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira (5) pela Fundação Robert Wood Johnson.
O relatório “O estado da obesidade: Melhores políticas para um Estados Unidos mais saudável” assinala que no período 2011-2012 34,9% da população americana era obesa e 33,6% tinha sobrepeso. Em conjunto, 47,8% dos afro-americanos sofriam de obesidade; comparado com 42,5% dos latinos e 32,6% dos brancos.
O estudo assinala que seis estados mostraram “grandes aumentos” estatísticos de obesidade entre adultos – Alasca, Delaware, Idaho, Nova Jersey, Tennessee e Wyoming. Mississipi e Virgínia Ocidental tiveram as taxas mais altas com 35,1%, ambos, enquanto Colorado teve a mais baixa com 21,3%.
Campões da obesidade
Entre os quatro estados com as maiores taxas de obesidade, também estão os maiores números de adultos que reconhecem que não fazem exercício, pelo contrário, Oregon tem a maior porcentagem de atividade física entre adultos com 83,7%.
Neste sentido, adverte que os números entre os adultos continuam sendo “altos demais” em todo o país, pondo milhões de americanos em “risco” de sofrer de uma série de doenças que vão desde problemas cardíacos a diabetes tipo 2.
Apesar de ser um problema que afeta uma grande parte da população, ele se torna mais patente entre as mulheres afro-americanas, já que 82% sofre algum tipo de sobrepeso, contra 63,2% das brancas e 77,2% das latinas.
O estudo, que analisa dados das agências de saúde do governo, assinala que os números de obesidade entre os afro-americanos aumentaram em mais de 8 pontos percentuais desde 2002 e dez pontos percentuais entre os latinos nesse mesmo período.
O estudo destaca alguns “sinais de progresso” perante a obesidade infantil pois, após décadas de “aumentos alarmantes”, conclui que as taxas estabilizaram-se na última década. No entanto, nos Estados Unidos 16,9% das crianças sofrem de obesidade e 31,8% tem algum tipo de sobrepeso.
Concretamente, 22,4% das crianças latinas sofre de obesidade e 20,2% dos afro-americanos, contra 14,3% dos brancos. Os especialistas assinalam a importância de manter uma dieta saudável e fazer exercício e fazem um apelo para que se apliquem políticas para prevenir a obesidade desde a infância, com insistência nas povoações mais afetadas.