Para fazer parte da equipe do CVV, Antônio explicou que o voluntário não precisa ter nenhuma formação profissional ou especialização na área. “Ele (voluntário) passa por um treinamento interno. Precisa ter 18 anos, capacidade de doação e disponibilidade de fazer um plantão semanal de 4h30m”, disse. Como o Centro não sustenta vínculos com nenhuma entidade, voluntários são sempre bem-vindos.

Segundo Antônio, o número de jovens no Brasil que precisam de ajuda, é elevado. “Jovens entre 15 a 24 anos representam uma faixa etária que encontra muita dificuldade em viver. Por exemplo, na época do vestibular: o jovem está atarefado em uma conquista, há uma cobrança, uma pressão, e os pais não conversam com ele. Essa falta de comunicação causa um sentimento de incompreensão, e ele se sente só”, explicou.

O voluntário explicou ao Virgula que existe muita sensibilidade envolvida em seu trabalho e que não há discriminação e nem critérios estabelecidos para se tornar parte do CVV. Quando questionado sobre qual foi o caso mais tenso em seus oito anos de trabalho, Antônio respondeu que “não dá para medir o tamanho da dor”. Ele afirmou que os voluntários “são treinados apenas para acolher as pessoas”.

O CVV atende pelo número de telefone 141 em todo o Brasil, 24 horas todos os dias, além de realizar atendimentos pessoais (necessita marcar horário) e via carta. Além de fornecer ajuda, o número 141 também providencia informações sobre o CVV e detalhes de programas.

No posto do CVV localizado no bairro de Pinheiros, na Grande São Paulo, haverá um treinamento para quem quiser ser voluntário no Centro, no dia 15 de março. O treinamento é gratuito e será realizado perto da estação de metrô Vila Madalena. Outros programas de treinamento ocorrerão nos meses de março e abril, para Grande São Paulo e região do ABC. Para mais informações, acesse www.cvv.org.br, ou disque 141.


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O que fazer para ser voluntário do CVV