O suspense “The Silkworm” (ainda sem tradução para o Brasil), o segundo da célebre autora britânica J.K. Rowling sob o pseudônimo Robert Galbraith, chegou às livrarias do Reino Unido nesta quinta-feira, precedido por boas críticas.
Trata-se do décimo livro da autora, depois dos sete que formam a saga de Harry Potter, “Morte Súbita”, sua primeira obra para adultos; e “O Chamado do Cuco”, a primeira que publicou com esse nome fictício em 2013.
Em “The Silkworm”, a autora conta a história de um desprestigiado jornalista que usa escutas telefônicas em seus procedimentos e deixa clara sua opinião a favor de uma regulação da imprensa britânica.
“O que Robert Galbraith faz de forma muito convincente com o suspense é, de certa forma, o que Rowling fazia com os livros infantis. Um texto com um olhar infalível para os elementos do gênero, tanto os tradicionais quanto os contemporâneos, que funcionam bem”, afirma hoje o jornal britânico “The Guardian”.
Para o jornal, a obra retorna à época de ouro do suspense britânico para pegar elementos de clássicos como os de Agatha Christie (1890-1976) ou Dorothy L. Sayers (1893-1957), que a autora atualiza com argumentos contemporâneos.
A escritora recupera de “O Chamado do Cuco” o detetive particular e veterano de guerra Cormoran Strike e a sua jovem ajudante Robin Ellacott para decifrar um novo caso: o desaparecimento do romancista Owen Quine.
O livro, que segundo “The Guardian” proporciona uma leitura “irresistível”, embora tenha “muita descrição”, é publicado alguns dias depois da polêmica causada pelo apoio da autora a não independência da Escócia. Ela doou um milhão de libras a uma campanha contra a separação, o que a tornou alvo de críticas e insultos nas redes sociais, que são investigadas pela polícia escocesa. EFE