Falar sobre transtornos mentais, de uma maneira geral, ainda gera desconforto e incredibilidade em boa parcela da população. Combinar este tema à sexualidade, então, é tratar de tabus incompreendidos, proibidos e imorais. Quase sempre.
No caso da ninfomania, quando uma mulher é incapaz de controlar o vício sexual, os mal-entendidos são ainda mais graves. Isso porque ainda vivemos em uma sociedade que nega a sexualidade e o prazer como direitos básicos das mulheres. Elas são criadas para temer o próprio corpo, toque e desejo.
A ninfomaníaca, então, transforma-se em fetiche porque é tida como a parceira dos sonhos: insaciável, sensual e poderosa. Os mitos a respeito do transtorno sexual estão muito distantes da realidade de sofrimento e culpa que envolve o vício, porém.
“Normalmente, o que percebemos do emocional dessa mulher é que ela precisa se compensar muito, por inúmeras razões. Ela tem um vazio tão grande, por alguma razão, que busca prazer e compensação na relação sexual, até que se torna escrava desse desejo. A ninfomaníaca se sente deprimida, ansiosa e extremamente culpada”, explica a psicóloga Priscila Junqueira.
Conversamos com a especialista em sexualidade humana para entender o que realmente está por trás do transtorno sexual feminino.
Veja abaixo alguns mitos sobre a ninfomania: