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Genes dominantes, genes recessivos, árvore genealógica. Aprendemos sobre esses conceitos, talvez de um jeito um pouco simplista, ainda no colégio e nas aulas de biologia, como uma forma de explicar o por que de algumas crianças nascerem com olhos mais claros e, outras, com eles mais escuros. Nem tudo no mundo da genética é tão “óbvio” assim, como se a combinação dos genes não fosse influenciada por outros fatores.
Essa é a conclusão de um estudo que buscou respostas para os cabelos dourados de parte da população negra das Ilhas Salomão, que ficam na Melanésia, conduzido por um geneticista canadense.
Por um tempo, acreditou-se que a pigmentação natural dos cabelos dos habitantes da ilha era influenciada pela água do mar, pela luz do sol e por uma dieta rica em peixe. Ancestrais americanos e europeus também foram levados em conta na hora de buscar a explicação para essa raridade. O geneticista Sean Myles, da Universidade de Agricultura da Nova Escócia, no Canadá, derrubou algumas dessas teorias ao analisar que a questão da pigmentação capilar ocorre de um jeito diferente com aquela parcela da população.
Em outras palavras: no caso deles, não precisa ser descendente de europeu para ter os cabelos loiros, apenas!
Não existe uma variação nos tons de loiro, por exemplo. Lá, ou você é loiro ou é apenas moreno, e fim de papo. Para chegar a essas conclusões, Sean e outros cientistas analisaram dois grupos de residentes das ilhas, entre loiros e morenos, e descobriram que a tonalidade mais clara dos cabelos deve-se a uma mutação em um gene muito específico e crucial do organismo humano. Trata-se de um gene recessivo, o que significa que os loiros receberam esse “presente” dos pais, sem nenhuma ligação com europeus.
Para o autor do estudo, essa descoberta é a quebra do velho paradigma eurocentrista, que determina que os cabelos loiros só podem ter origem nos genes de descendentes europeus.
Se liga em algumas das fotos mais legais desse pessoal que tem a cor do sol e o sorriso largo:
Negros e loiros nas Ilhas Salomão
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