Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido como Bida, fazendeiro acusado de envolvimento na morte da missionária Dorothy Stang, foi absolvido no dia 6 de maio, em julgamento no Fórum Criminal de Belém (PA). Bida havia sido condenado a 30 anos de prisão, como mandante do assassinato, em um julgamento anterior, ao lado do pistoleiro que teria executado o crime, Rayfran das Neves.

Durante a semana passada, o caso da menina Isabella Nardoni, que teria sido jogada do 6° andar do prédio pelo pai, depois de uma briga com a madrasta, continuou dominando os jornais e telejornais, como vem fazendo desde o dia do incidente, 29 de março.

Pouca gente se lembra do crime anterior. A missionária foi morta a tiros, há três anos, em Anapu, no sudeste do Pará. O executor do crime, o pistoleiro Rayfran das Neves, foi condenado por unanimidade a 28 anos de prisão, um ano a mais do que no julgamento anterior.

O assunto ganhou pouco destaque na mídia, afinal, todos os telejornais de rede nacional parecem preocupados única e exclusivamente com o fim do caso Isabella – e na semana passada, em tirar onda da cara do jogador Ronaldo, que foi parar na delegacia com dois travestis.

A questão é: o caso Isabella chocou como o caso Suzanne Richthofen, como o caso João Hélio, e alguns outros que abalaram famílias classe média, cada um à sua maneira. Mas, por que é que o país não se choca da mesma forma com o assassinato de Dorothy Stang, e com a absolvição do fazendeiro?

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Mural: caso Isabella x Dorothy Stang