Mortes maternas no Brasil são 35% a mais do que as divulgadas em dados

Em 7 de julho de 2022, quinta-feira, às 11h, especialistas do Observatório Obstétrico Brasileiro (OOBr) apresentam, em coletiva on-line a jornalistas, dados inéditos sobre óbitos de gestantes e puérperas no país no triênio 2019/2021.

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O estudo traz resultado, no mínimo, preocupante: a Razão de Morte Materna (RMM) em território nacional é cerca de 35% maior do que a calculada e anunciada a partir da metodologia vigente.

Será divulgado na coletiva o número de óbitos de mulheres entre 10 a 49 anos ocorridos na gravidez, parto ou puerpério, porém não contabilizados pelo Ministério da Saúde (MS) por não terem sido classificados em uma das categorias pré-determinadas para morte materna da Classificação Internacional de Doenças (CIDs).

O Observatório Obstétrico Brasileiro também trará a público estatísticas exclusivas dos óbitos não considerados de puérperas a partir de 43 dias, entre os quais os pré-existentes e/ou decorrentes do processo de gestação.

Por fim, haverá exposição e análise de dados sobre as causas externas de morbidade e mortalidade de gestantes e puérperas também não consideradas no cálculo de morte materna; tanto no período de até 42 dias após o parto, como na faixa de 43 dias a menos de um ano.  São causas classificadas na CID X. Nesse grupo, estão óbitos decorrentes de suicídio, violência, disparo de arma de fogo etc.

 Brasil fora da curva

Essencial registrar que hoje, mesmo somente à luz das estatísticas oficiais do Ministério da Saúde (MS), o Brasil está à distância abissal cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).  Quantificação preliminar da Razão de Morte Materna (RMM) de 2021 aponta 107.53 óbitos por 100 mil nascidos vivos, sendo que o compromisso do país é a redução para 30 mortes/100 mil até 2030.


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Mortes maternas no Brasil são 35% a mais do que as divulgadas em dados

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