(Da redação) – O relatório sobre a morte de três jovens no morro da Providência, no Rio de Janeiro, deve apontar que a presença do Exército no morro teve motivações eleitorais, ligadas ao senador Marcelo Crivella (PRB), candidato à prefeitura carioca.

De autoria do deputado Antonio Carlos Biscaia (PT), o relatório será entregue à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara e servirá de argumento para que os parlamentares alterem a legislação, regulamentanto o uso de tropas federais na segurança pública.

"É necessário uma regulamentação. Até hoje isso não foi feito e o espaço para a utilização política do Exército foi aberto, o que é um desserviço à Nação", disse Raul Jungman (PPS), presidente da Comissão.

No incidente, 11 soldados do Exército que faziam a segurança das obras do projeto Cimento Social, de Crivella, foram acusados de entregar três jovens presos no morro da Providência à facção rival do morro da Mineira. Os corpos dos adolescentes foram encontrados no aterro sanitário de Gramacho, em Duque de Caxias, com diversas marcas de tiros. Se forem condenados, os soldados podem pegar até 30 anos de prisão.

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Morro da Providência: relatório não aponta culpados

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