É comum ver modelos brancas e magras em anúncios e campanhas de moda pelo mundo. Algo comum, porém, que serve de alerta para uma questão muito mais preocupante e relativizada em nossa sociedade. Para a modelo liberiana Deddeh Howard, trata-se pura e simplesmente de preconceito e falta de diversidade racial na indústria da moda. Na série fotográfica “Black Mirror” (sacou o trocadilho?), Deddeh aparece no lugar de modelos como Gisele Bündchen, Gigi Hadid, Kendall Jenner e Kate Moss, provando que esse universo permanece restrito e repleto de obstáculos para modelos negras.
“Eu já frequentei inúmeras agências de modelos e sempre fui comparada a uma ou outra modelo negra que eles tinham no ‘catálogo’. Mesmo que elogiassem minha beleza, meu talento e meu estilo, eles costumavam afirmar que não poderiam me agenciar por já ter uma modelo negra para trabalhos, embora as modelos brancas não fossem dispensadas com a mesma desculpa. Uma ou duas meninas negras são mais do que suficiente para representar todas nós, aparentemente”, explica Deddeh.
A intenção da liberiana era mostrar que, esteticamente, o efeito de uma mulher negra no lugar de uma branca é tão legal como na campanha original. Socialmente, porém, o impacto é ainda maior, porque a indústria realmente estaria abraçando a questão da diversidade ao dar oportunidades para mais modelos negras. “Quero mostrar ao mundo que é hora de sermos vistas, de verdade, mesmo por grandes marcas”, reforça ela.
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Projeto Black Mirror fala sobre diversidade na moda
Créditos: Divulgação