Carlene John, de 26 anos, recebeu o diagnóstico de vitiligo ainda na infância, aos 11 anos de idade. Naquela época, Carlene não entendia muito bem os sintomas ou causas da doença, caracterizada por manchas mais claras na pele. Ela só lembra de sofrer bullying, na escola, por parte de outras crianças. Elas a chamavam de “vaca”, “dálmata” e outros apelidos extremamente ofensivos, fazendo menção às marcas que Carlene carregava na pele.
No desespero, a jovem tentava pintar as manchas mais claras com caneta preta, como se isso pudesse afastar ou desinteressar os agressores. Apesar de tanta violência, Carlene não desistiu do sonho de se tornar modelo, mesmo sentindo-se envergonhada pelo vitiligo. Com maquiagens, cremes, bases e corretivos, ela costumava disfarçar e cobrir as marcas no rosto, colo, braços e pernas. Isso durou cerca de 15 anos, aproximadamente.
Agora, Carlene não se importa de se assumir as partes mais claras do corpo em ensaios e desfiles de moda. “Como modelo, nunca pensei que teria a oportunidade de mostrar as manchas do meu rosto. Sempre achei que precisaria cobri-las, até que uma amiga me disse que eu deveria parar com isso. Antes eu me achava feia por causa do vitiligo, mas durante o meu primeiro desfile sem maquiagem as pessoas realmente ficaram encantadas pela minha atitude. Como se eu fosse a coisa mais linda do mundo”, lembra ela.
Nas agências por onde Carlene passou, poucos sabiam de sua real condição, graças à potente cobertura de cosméticos e outros produtos. Em 2014, quando abandonou essa rotina de maquiagem, a modelo passou a receber inúmeros elogios nas ruas. “As pessoas me paravam para dizer que minha pele era linda. Era o completo oposto do que eu imaginava. Não conseguia acreditar”, conta.
Agora, o objetivo de Carlene é inspirar outras pessoas, inclusive modelos, a abraçar suas diferenças e características únicas, sem medo da rejeição. Mulher inspiradora demais! Vem ver algumas imagens da trajetória da modelo na galeria abaixo:
Modelo assume marcas de vitiligo
Créditos: Divulgação