A história de Anne Frank é famosa: uma menina judia que, durante a Segunda Guerra Mundial, se escondeu junto de mais sete pessoas para escapar dos nazistas. Todos ficaram pouco mais de dois anos em um esconderijo em Amsterdã, nos Países Baixos, até que foram encontrados e enviados para o campo de concentração. Mesmo após a sua morte, em 1945, um mistério sempre permaneceu no ar: quem denunciou onde eles estavam?
Agora, em dezembro de 2016, um estudo de pesquisadores do Museu Anne Frank, em Amsterdã, supõe que Anne e sua família não foram denunciados, e sim encontrados por acaso. De acordo com a nova pesquisa, policiais estavam investigando uma possível fraude em cupons de alimentos e, sem saberem, foram até o local onde Anne estava, encontrando os judeus escondidos.
Segundo registros deixados pela própria Anne em seu diário (O Diário de Anne Frank, publicado em 1947), escrito durante o período em que estavam escondidos, é possível perceber que no local onde habitavam realmente existia fraude em cupons de alimentos. Ela escreveu sobre a prisão de dois homens que vendiam esses cupons de forma ilegal. Eles eram funcionários de uma empresa que funcionava no mesmo local do esconderijo, na Prinsengracht, 263.
Anne e sua família se alimentam através destes cupons, vendidos clandestinamente pelos dois homens. Após a prisão dos funcionários, ela registrou em seu diário: “B e D (jeito que se referia a eles) foram presos, então não temos mais cupons…”.
Livros e filmes sobre a 2ª Guerra Mundial
Créditos: divulgacao