(ANSA) – Em tempos de crise no crédito e incerteza nas bolsas, alguns investidores apostam nas finanças islâmicas, cujos regulamentos mais conservadores são base de uma exceção no mercado global.
O Dubai Bank, por exemplo, planeja vender este ano cerca de US$ 500 milhões em bônus islâmicos como parte de um programa de emissões de US$ 5 bilhões, para financiar um crescimento que pode fazer da entidade uma fonte global de empréstimos até 2013.
O primeiro passo da emissão pode acontecer nos próximos dois meses, dependendo das condições do mercado, segundo afirmou o diretor geral da empresa, Salaam Al-Shaksy, citado pelo portal Arabian Business on-line.
Os bônus islâmicos ou "sukuk" são instrumentos para reunir capital que têm características similares às de uma obrigação tradicional, com a diferença de que, para responder às leis do Alcorão, somente se baseiam em atividades patrimoniais, como imóveis. A lei islâmica proíbe juros sobre empréstimos (o "riba") e a especulação.
As finanças islâmicas seguem crescendo a ritmos altíssimos, com média de 15% ao ano, tanto graças à grande liquidez nos países produtores de petróleo, quanto pela extensão da base econômica no mundo muçulmano.
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