(por Gabriela Rassy) – Depois de tantos ataques, até o momento infundados, em cima da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff,o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva começou a se posicionar fortemente a favor da integridade da ministra. Ela, que é economista e política, participou da luta armada na época da Ditadura Militar. Presa entre 1970 e 1973 por crimes políticos, Dilma afirma ter sido torturada. Em 2006, ela foi indenizada pela Comissão Especial de Reparação da Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro pelos danos sofridos.

Hoje, como chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff é um dos nomes mais cotados para representar o PT nas eleições presidenciais. O cientista social e professor da GV e da PUC, Cláudio Couto acredita, apesar de o governo tê-la apresentado com candidata, a ministra não é uma candidata forte. "Ela não tem carisma e a população não tem conhecimento do trabalho, da história dela".

A professora de história contemporânea da USP, Maria Aparecida de Aquino, acredita que a competência de Dilma é inquestionável, porém, concorda que ela não seja um nome popular. "O ponto que talvez seja contra é que ela não é um nome conhecido, é um nome de bastidores. Mas nada que sua competência não resolva".

A respeito da constante defesa de Lula, mesmo com as freqüentes acusações, Couto afirma que é um posicionamento compreensível. "Ela é a principal ministra do governo dele", disse Couto. "Além disso, as denúncias contra ela são inconsistentes e fracas no que se refere à postura dela", conclui.

Com tantas acusações, primeiro a respeito do dossiê e agora sobre a venda da Varig, Dilma pode ter a imagem abalada. Diferente de Lula, que tem atributos como a história, o carisma e a militância, a ministra pode não resistir aos constantes ataques. Mas para Cláudio Couto, ainda falta substância. "Creio que as denuncias não são fortes a ponto de solapar a imagem dela", disse o professor. Questionado sobre a resistência de Dilma às acusações que Lula tão facilmente resistiu, Couto ponderou: "Ela não é comparável a ele".

Segundo Maria Aparecida de Aquino, o fato de Lula ter se mantido inabalável aos escândalos se deve por uma simples razão: “contra mitos, você não tem o que comparar”. Para a professora, Dilma provou que consegue ser rápida na resolução de problemas e que tem capacidade de lidar com situações adversas, mas que nem ela nem ninguém são comparáveis ao atual presidente. "Não se pode pensar que uma pessoa chegue perto disso, e eu não digo só a Dilma, mas qualquer candidato".

Contudo, a historiadora da USP afirma que, hoje, há expaço para mulheres fortes, como a ministra. "Como essa figura de mulher forte, ela vai conseguir penetrar na população".

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Lula e sua defesa à Dilma