(Da redação) Há dois anos, a bancada evangélica da Câmara Municipal de São Paulo fez um lobby para impedir com que CPI do Licenciamento investigasse as instalações dos templos evangélicos. Cerca de 15% dos 55 vereadores pressionaram os colegas para restringir as investigações aos "locais de reunião com lotação superior a cem pessoas, destinados a atividades comerciais, de entretenimento e lazer", o que deixou de fora as igrejas.
A comissão foi criada depois de um show do grupo mexicano RBD que deixou três pessoas mortas em uma unidade dos supermercados Pão de Açúcar, em 2006. Os vereadores constataram irregularidades no local.
De acordo com o presidente da CPI, vereador Antonio Donato (PT), os colegas ligados às igrejas evangélicas ameaçaram não assinar o pedido de abertura da comissão caso os templos pudessem ser investigados.
Ministério Público
Após o desabamento do teto da Igreja Renascer em Cristo no centro de São Paulo, o Ministério Público vai pedir à Prefeitura a reavaliação de todos os acordos firmados com a Igreja desde 1998. O MP quer saber quais as condições estruturais dos templos na cidade e se os acordos foram cumpridos.
"Nossa preocupação agora é preventiva. Vamos apurar o que houve com essas obras. Quem são esses engenheiros, que material usaram. Tudo isso vai ser revisto", explicou Mabel Tucunduva, promotora de Habitação e Urbanismo do Ministério Público de São Paulo.
A queda do teto matou nove pessoas e mais de cem ficaram feridas.
(com informações da Folha de S. Paulo e do G1)
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