Mas, engana-se quem acredita que esses grupos são formados exclusivamente por jovens cheios de ódio e desorganizados. “Mais da metade dos membros que atuam como líderes dos grupos, tem entre 30 e 55 anos”, revela Adriana. Além disso, estão espalhados pelo mundo. “Existem até grupos indígenas no Chile que são neonazistas”.

A professora explicou que a filosofia do grupo está incorporada nos discursos postados nos sites. “Eles falam sobre a construção dos ‘inimigos’ e deles mesmos, concentrada no fator biológico e religioso. Na opinião deles, o mundo seria mais organizado se fosse governado por eles”, disse Adriana.

Quando questionada sobre o número de sites brasileiros que abordam esses temas, a professora explicou que a legislação brasileira é mais rígida. “Em outros lugares do mundo, os sites não são considerados crime”. Para Adriana, a pessoa “pode ter qualquer opinião, desde que respeite a outra pessoa”.

A segregação de raças é o fator mais básico entre esses grupos. A crença da “superioridade branca” compõe a união entre os neonazistas e fortalece o racismo mundial. Para Adriana, é simples resumir tudo: “Raça, só conheço uma: a humana”.

Leia a 1ª parte da matéria:
Boom de livros tenta explicar Hitler e o nazismo


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Líderes têm entre 30 e 55 anos diz pesquisadora