(Da redação) – A Lei Seca está contribuindo não só para a queda das mortes e ferimentos em acidentes de trânsito, mas também para uma diminuição dos homicídios na cidade de São Paulo. Segundo uma pesquisa realizada pelo Departamento de Medicina-Legal da USP, no mês seguinte ao início de vigência da lei, o número de mortes por arma de fogo caiu de 85 para 60. Além disso, a dosagem alcóolica encontrada nas vítimas de homicídio também diminuiu, passando de 45% para 28%. Números bastante parecidos com as taxas de álcool encontradas em vítimas fatais de acidentes de trânsito: em julho de 2007, a média era de 45,45%. No mesmo mês, este ano, baixou para 28%.

Satisfeito com os primeiros resultados da Lei Seca, o Ministério da Saúde já pensa inclusive em ampliar sua atuação, punindo também os motoristas que estiverem sob influência de outras drogas legais, incluindo remédios de tarja preta, como anfetaminas e alguns ansiolíticos e antidepressivos. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, já até solicitou um estudo sobre o assunto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), embora não haja previsão sobre resultados. A princípio, o grande empecilho para essa inclusão seria medir a dosagem de medicamento ingerido pelo motorista.

Rigorosa ou não, a Lei, no entanto, ainda não tirou definitivamente nenhum motorista paulistano de circulação. De acordo com dados do Detran, até 30 de agosto existiam 110 pessoas correndo esse risco, mas todas ainda estão respondendo a processos administrativos, que podem levar meses até serem concluídos. De 19 de junho a 8 de setembro, 421 motoristas foram autuados na Grande São Paulo, dos quais 148 foram presos em flagrante, ainda segundo o Detran.

(com informações do Estado de S. Paulo e G1)


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Lei Seca reduz homicídios, mas não tira carta de ninguém