Em 1992 aos 17 anos, Kate Moss estrelou de topless a famosa campanha da marca Calvin Klein ao lado do então rapper Marky Mark. Embora boa parte do sucesso em sua carreira tenha ocorrido por causa dessas fotos, em entrevista à revista Vanity Fair de dezembro, a modelo revelou que teve um colapso nervoso por conta delas.
“Tive um colapso nervoso quando tinha 17 ou 18, quando eu tive que trabalhar com Marky Mark e Herb Ritts. Não me sentia eu mesma de jeito nenhum. Me senti mal em agarrar aquele cara fortão. Não gostei. Eu não consegui sair da cama por duas semanas. Achei que fosse morrer. “, contou ela.
Sobre o começo de carreira, aos 15 anos, quando foi clicada pela amiga Corinne Day para a revista britânica “The Face”, também de topless, ela falou sobre seu desconforto:
“Quando vejo uma garota de 16 hoje, se eu pedisse para ela tirar sua roupa seria estranho. Mas eles eram, tipo, ‘se você não fizer, não vamos te chamar de novo’. Então eu me trancava no banheiro, chorava e saía para fazer [a foto]. Nunca me senti confortável com isso. Eram muitos peitos. Eu odiava meus peitos! Pois eu não tinha nada. E eu tinha uma verruga em um deles”, desabafou.
Kate ainda contou à publicação sobre seu namoro com o ator Johnny Depp entre 1994 a 1997. Segundo a top, ele foi o responsável por ela acreditar mais em si mesma.
“Ninguém nunca foi capaz de cuidar de mim como Johnny fez. Eu perguntava o que fazer diante de situações, e ele me dizia. Foi isso que eu perdi quando nos separamos. E sofri muito, foram anos e anos de choro”.
Kate também falou sobre a época em que ficou conhecida como a musa do “heroin chic” – estilo de foto no qual as modelos pareciam “acabadas”, extremamente magras, com aparência de drogadas -, que marcou a estética das fotos de moda nos anos 90. Ela afirmou à publicação que nunca usou heroína e que era magra devido ao excesso de trabalho.
“Eu era magra, mas isso é porque estava fazendo desfiles e trabalhando duro. Naquela época morava no “B and B” em Milão e você chava em casa e não tinha comida. De manhã, não tinha comida. Ninguém te levava para almoçar quando comecei. A Carla Bruni me levou uma vez. Ela foi muito legal. Senão, você não era alimentada. Mas nunca fui anoréxica. Eles sabiam que não era verdade, senão eu não poderia trabalhar.”