(da redação) A televisão boliviana mostrou hoje imagens de um grupo de jovens opositores do governo Evo Morales agredindo dois policiais durante a greve geral que afeta a Bolívia. Um outro grupo, pró-Morales, também foi acusado de agredir jornalistas no mesmo local.

O incidente aconteceu em Plan 3.000, bairro periférico da província separatista de Santa Cruz. No bairro em questão, os habitantes são em sua maioria simpatizantes do presidente Evo Morales.

Oposição e governo se acusam mutuamente de serem os causadores dos episódios violentos. Enquanto os partidários de Morales alegam que a greve foi cumprida sob ameaças dos dirigentes oposicionistas, os lídedres do movimento apontam membros do partido governista como os responsáveis pelo início das agressões.

A greve foi convocada também nas demais regiões contrárias ao governo Morales: Beni, Pando Tarija e Chuquiasca. Os líderes da oposição exigem a devolução do lucro advindo do petróleo existente nesses territórios, alegando que o presidente boliviano pretende enfraquecer economicamente essas regiões.

As primeiras horas da greve foram marcadas pelos episódios violentos ocorridos em vários pontos das capitais de regiões oposiocinistas. Nas províncias de Santa Cruz e Tarija, tanto grupos autonomistas quanto governistas agrediram policiais e jornalistas. Nessas cidades, os manifestantes bloquearam várias ruas para garantir a suspensão das atividades. Em Beni, Pando e Chuquiasca houve menos conflitos, mas o clima ainda é bastante tenso.

A "greve civil" de Santa Cruz, Beni, Pando, Tarija e Chuquisaca acontece nove dias após um referendo que ratificou em seus cargos o presidente Morales e seus principais oponentes autonomistas.Após o referendo, aconteceu uma primeira tentativa de diálogo entre Governo e opositores, que acabou fracassando e levou os autonomistas a convocarem a paralização.


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Jovens causam tumulto durante greve na Bolívia

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