(EFE).- Israel libertou cerca de duas centenas de presos palestinos como gesto de boa vontade em relação ao Governo presidido por Mahmoud Abbas, coincidindo com a chegada a Jerusalém da secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice.

Entre os libertados está Saeed el-Ataba, que permaneceu 32 anos preso em Israel, Abu Ali Yatta, preso durante 28 anos, e Hussam Jader, um dos mais importantes líderes políticos do partido Fatah , detido há sete anos.

Centenas de parentes, amigos e vizinhos esperam para recebê-los na Muqata, sede da ANP, onde serão recebidos pessoalmente pelo presidente Abbas. Toda a cidade de Ramala estava hoje decorada com dezenas de bandeiras palestinas e do Fatah, grupo político que governa na Cisjordânia e ao qual pertence Abbas.

"A libertação é vivida aqui como um símbolo de triunfo, embora também seja preciso assinalar que, só durante o último mês, Israel deteve o dobro de pessoas das que está liberando agora", disse à Agência Efe um membro da OLP.

Do lado israelense se considera que esta libertação demonstra que o Estado judeu "está disposto a fazer concessões dolorosas para avançar nas negociações de paz", segundo assegurou hoje o escritório de imprensa do Governo israelense em comunicado.

Com este gesto, "Israel procura intensificar seu contínuo diálogo com parceiros que estão comprometidos com a diplomacia e se opõem ao terrorismo", assegura a nota.

Os libertados são em sua totalidade "membros de facções que apóiam a liderança do presidente da Autoridade (Nacional) Palestina, Mahmoud Abbas", esclarece a nota, para deixar fora de dúvidas que esta medida não representa nenhuma concessão aos islamitas do Hamas.

Rice, em uma visita-relâmpago, se reunirá hoje tanto com os israelenses como com os palestinos, em uma tentativa de impulsionar o processo de paz.


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