O papa Francisco afirmou neste sábado (07) que a internet não é suficiente para anunciar o Evangelho, porque a evangelização precisa do contato direto e pessoal com pessoas reais.
Em um encontro com o Pontifício Conselho para os Laicos, o papa argentino qualificou a internet como uma “realidade difusa, complexa e em contínua evolução”, que propõe “de novo” a questão sempre atual da relação entre a fé e a cultura.
“Entre as possibilidades que a comunicação digital oferece, a mais importante é a Evangelização. O anúncio se baseia em relações humanas autênticas e diretas para desembocar em um encontro pessoal com o Senhor”, disse o pontífice.
Apesar desta afirmação, o pontífice argentino advertiu que, no entanto, “não se pode dizer que a presença da Igreja na internet seja inútil”.
“É indispensável estar presente, sempre com estilo evangélico, nisto (internet) que, sobretudo para os jovens, se transformou em uma espécie de forma de vida, um lugar no qual despertam perguntas sobre o sentido da existência, por isso que é preciso explicar que o caminho que leva a Jesus é a resposta”, acrescentou.
Além disso, o papa advertiu que os cristãos podem se desiludir e se deparar com perigos na internet, mas lembrou que com a ajuda do Espírito Santo sempre haverá “possibilidades para guiar os homens rumo ao rosto luminoso de Jesus”.
O papa Francisco também falou perante os presentes neste encontro sobre a “crise cultural” e sobre o papel da mulher na sociedade atual.
“Na crise cultural de nosso tempo, a mulher se encontra na primeira linha de batalha para a salvaguarda do ser humano”, explicou o papa em alusão ao XXIV aniversário da encíclica “Mulieris dignitatem” que publicou João Paulo II em 1988.
Para terminar sua alocução, o bispo de Roma lembrou que a Igreja sempre está em andamento, em busca de novas vias e novos métodos para anuncio do Evangelho.