Imigrantes são agredidos na Itália
(ANSA) – Um grupo de seis italianos menores de idade insultou e agrediu um chinês de 36 anos que estava parado em um ponto de ônibus na periferia de Roma. O homem está hospitalizado com ferimentos no rosto.
Este é o terceiro caso de agressões racistas que ocorre no país em poucos dias. Em Milão, um vendedor ambulante senegalês foi espancado com um taco de beisebol, acusado de "roubar o trabalho" de italianos. Em Parma, um jovem de Gana foi atacado por seguranças.
O prefeito de Roma, Gianni Alemanno, condenou o episódio e declarou que haverá "tolerância zero contra qualquer forma de violência racial". Alemanno também pediu que sejam identificadas "eventuais ligações desses criminosos com grupos de extrema-direita e outras conexões político-criminosas".
Primeiro negro a jogar na seleção italiana se diz envergonhado
"Como italiano eu me envergonho", disse, na última sexta-feira (3), o meio campo do Palermo, Fabio Liverani, primeiro jogador negro a vestir a camisa da seleção italiana, comentando os casos recentes de racismo e agressões contra imigrantes ocorridos na Itália.
"Parece que voltamos uns 60 anos para trás. E o nível da violência sobe. Quando era mais jovem sofri alguns episódios de racismo, mas eram essencialmente verbais. De qualquer forma é uma coisa inadmissível, que deve ser reprimida rapidamente, mesmo a ignorância sendo uma doença difícil de ser derrrotada", disse à ANSA o jogador nascido no bairro romano de Tor Bella Monaca, onde um imigrante chinês foi insultado e agredido enquanto esperava um ônibus.
Comissário da UE admite preocupação
O comissário para os Direitos Humanos do Conselho Europeu, Thomas Hammarberg, disse estar "profundamente preocupado", ao ser questionado por jornalistas sobre os recentes casos de intolerância e violência ocorridos na Itália contra pessoas não-européias.
"A xenofobia e os crimes ditados pelo ódio são uma realidade cotidiana em todo o continente europeu e em alguns países, entre os quais a Itália, parecem estar se difundindo", afirmou o comissário.
"Em um clima como esse, os políticos devem prestar muita atenção", disse Hammarberg, assinalando que os membros do governo italiano "jogam com o fogo quando usam as suas plataformas políticas para encorajar e instrumentalizar os preconceitos, mais do que promover os direitos humanos e o respeito para com aquele que são diferentes".
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